O deputado federal Gustavo Gayer revelou em entrevista ao programa 4 por 4 os detalhes de sua conversa com Elon Musk, dono da plataforma X (anteriormente Twitter), sobre a importância da rede social no cenário político brasileiro. Gayer afirmou que, segundo Musk, a ausência do X no Brasil beneficia apenas o ministro Alexandre de Moraes e seu “projeto totalitário”, ao prejudicar não só a direita, mas todo o espectro político, a imprensa e pequenos empresários.
Durante a entrevista, Gayer mencionou que Musk fez dois comentários notáveis. Primeiro, ele explicou que o algoritmo do X é “como um ser vivo”, que precisa ser constantemente alimentado pelos dados e interações dos usuários. Caso o X continue com pouca atividade no Brasil, o algoritmo da plataforma “morreria”, e trazê-lo de volta seria um grande desafio. Musk também enfatizou que, como somente Moraes se beneficia com a queda do X, é vital que a plataforma continue operando no país, em nome da liberdade de expressão – uma preocupação central para Musk.
Musk teria reforçado a ideia de que o que está acontecendo no Brasil pode se repetir em outros países, e vencer essa batalha pela liberdade de expressão no Brasil seria benéfico para o resto do mundo. Segundo Gayer, a principal preocupação de Musk é a preservação da liberdade de expressão, sem foco direto na figura de Moraes, que Musk aparentemente desconhece. Contudo, Musk afirmou que a luta pela liberdade de expressão no Brasil é inegociável, e que ele continuará comprometido com essa causa.
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A jornalista Ana Paula Henkel, presente na entrevista, destacou o papel crucial da plataforma X na mobilização contra o PL 2630, conhecido como “PL das Fake News”. Ela lembrou que a rede social permitiu que o povo brasileiro se organizasse para impedir a aprovação de projetos de lei contrários aos interesses democráticos. Gayer reforçou que, em diversos casos, como o do projeto da Globo, a mobilização pela plataforma ajudou a barrar iniciativas em poucas horas.
O comentarista Rodrigo Constantino também acrescentou que Musk está enfrentando pressões nos EUA por sua defesa da liberdade de expressão, e perguntou se Gayer acreditava que Musk estava consciente dos adversários globais que ele enfrenta por essa posição. Gayer respondeu que Moraes é apenas “um tentáculo” de um inimigo maior, que Musk se refere como “woke virus”, e ressaltou que a situação no Reino Unido é ainda mais grave do que no Brasil. Ele destacou que, se Musk estivesse interessado apenas em lucro, já teria abandonado o Brasil, mas vê o país como um campo de batalha ideológico.
Em um momento inédito da entrevista, Gayer revelou que cogitou reunir senadores do Centrão para conversar com Musk por videoconferência, na tentativa de aliviar a situação. No entanto, desistiu após ouvir de um senador do PSD a resposta sarcástica: “Elon se acha importante? Quem tem mandato sou eu, eu que sou importante”.
A discussão de Gayer com Musk reflete as preocupações globais sobre o futuro da liberdade de expressão e a importância da batalha política no Brasil. Para Musk, vencer essa luta no país pode servir de exemplo para o resto do mundo, e ele deixou claro que a vitória nesse campo é essencial.
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